Como foi o Slush 2024? Um festival de inovação abaixo de zero

Slush 2024
Crédito: Julius Konttinen / Divulgação Slush

Estivemos em Helsinki, capital da Finlândia, para participar do Slush 2024 – evento que já estava em nosso radar há alguns anos.

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Reprodução / LinkedIn

Esse print resume o sentimento. O Slush é um desses festivais que vale conhecer.

Nesse post, compartilhamos o que torna o Slush um evento tão único e especial.

01. Um festival de inovação sem fins lucrativos

Criado em 2008 e organizado por estudantes, o Slush não visa lucro. Isso impacta diretamente o design de suas experiências. Ele é projetado para impressionar, sua equipe de voluntários é educadíssima e sua CEO e Presidente são duas mulheres (Aino Bergius e Elin Dölker, respectivamente).

02. Uma masterclass em sustentabilidade

Toda a praça de alimentação do evento era vegetariana. Havia mais de 30 estações de coleta de lixo seletiva no evento, todas com um voluntário do lado orientando o público a jogar o lixo no lugar correto. A água da torneira da Finlândia é potável, e mesmo assim havia estações próprias para isso com distribuição de copos de papel (plástico é proibido no evento).

03. As big techs estavam lá 

Google foi o principal patrocinador do Slush, com o estande mais bonito e bem projetado do festival. A Nvidia também tinha um estande e um de seus fundadores abriu a programação de palestrantes do Slush. AWS (Amazon) também marcou presença com o seu “Serverless Espresso”, assim como o laboratório de biotech AstraZeneca. Foi uma das feiras com os estandes mais bonitos que já participamos.

04. Design e cenografia espetaculares

O design nórdico é um dos mais elogiados do mundo e o Slush prova o porquê. Como o evento é coberto (e do lado de fora neva), a sensação é que você está dentro de uma mega rave, um super clube de música eletrônica. Bastões e telões de LED com altíssima definição, shows de lasers, eurotrance tocando entre cada apresentação, instalações de arte digitais e até uma área de chillout com cabines futuristas para dormir fazem parte do “show”.

05. É todo sobre conexões

O Slush tem como propósito ajudar startups a prosperar em seus negócios. Então, seus conteúdos são voltados para fundadores e os estandes da feira são compostos em sua grande maioria de startups apresentando soluções (ou de instituições como universidades e empresas oferecendo serviços para startups). Pelo aplicativo, é possível pesquisar todos os participantes e agendar reuniões em espaços criados pela organização.

06. A maior conferência de investidores da Europa

É impossível não comparar o Web Summit com o Slush. Eles acontecem um seguido do outro, ambos começaram como uma iniciativa de estudantes e disputam a posição do principal evento voltado para startups tech e investidores da Europa.

Conversamos com brasileiros que participaram de ambos eventos e também escutamos comparações nas filas dos estandes.

O que aprendemos, em resumo, foi que apesar de maior – o Web Summit atrai anualmente mais de 70 mil pessoas – e é justamente o seu tamanho que torna esse evento mais difícil para startups se promoverem.

O Slush 2024 recebeu 13 mil pessoas, sendo um número recorde de investidores : 3.300 (25% do total). A título de comparação, o Web Summit Lisboa deste ano recebeu 1.066 investidores (1.5 % do total).

07. A melhor afterparty corporativa 

No final do 2º dia de Slush, o evento encerra-se com um festival dentro do festival. Os três palcos do evento recebem bandas e artistas locais e um dos palcos se torna um gigantesco karaokê.

Há distribuição de glitter, os estandes das marcas aproveitam para liberar bebidas (até certo horário) e o Slush vira uma grande rave que termina só à 1:00 da manhã.

Mas melhor que falar, é mesmo viver a experiência. 

Já estamos com roupa (de neve) para uma próxima edição.