A evolução dos eventos: do Coliseu ao Metaverso

Divulgação / Tomorrowland

Ao pensar na evolução dos eventos, a primeira pergunta que me vem à cabeça pra te fazer é: você já participou ou viu por aí algum evento híbrido?

Pois é, essa foi uma das adaptações que o ser humano teve que passar após a pandemia de COVID 19 – muito importante lembrar que não acabou ainda!

Algumas pessoas se sentem mais confortáveis e seguras para participar ao vivo presencialmente, outras preferem ou só podem assistir da tela do computador aos shows, palestras, conferências de negócios, festivais, entre outros tipos de eventos. 

Mas, como falamos, essa foi uma virada de chave que precisou ocorrer para que muitos desses eventos continuassem existindo. Nem sempre foi assim. E é sobre todas as transformações que aconteceram, desde os encontros em volta da fogueira, no início da história humana, até os desfiles no metaverso, que vamos conversar hoje. 

Apertem os cintos, pois a viagem no tempo começa agora! 

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Se preferir, você pode conferir esse conteúdo em formato de vídeo. É só dar o play aí embaixo! 😉

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Evolução dos eventos (parte I) – Onde começou e para que servem os eventos? 

Os eventos existem desde que a humanidade se reuniu pela primeira vez, em volta do fogo, para socializar e compartilhar histórias. 

Por volta do ano 500 A.C., o Fórum Magno ou Foro Romano, em Roma, era onde as pessoas se reuniam para comprar, trocar ou vender produtos e serviços, assistir a jogos, apresentações teatrais, ficar por dentro das novidades e fofocas da sociedade e aprender novas técnicas, ideias e conhecimentos. 

E apesar das necessidades sociais continuarem as mesmas, muita coisa mudou nos últimos 2.500 anos. Os eventos evoluíram junto com a sociedade. Nos últimos vinte anos, os encontros foram ressignificados com a era da economia das experiências e dos criadores de conteúdo. 

Eventos como o SXSW e Burning Man, ambos surgidos na década de 80, ganharam repercussão mundial nos últimos dez anos. Festivais como o Coachella, Lollapalooza, Tomorrowland e Rock in Rio impulsionaram um novo tipo de turismo, conhecido como  “festival destination“. E até os eventos corporativos passaram a se inspirar na indústria do entretenimento investindo pesado em experiências, shows e atrações inusitadas.

Ou seja, mais de 2.500 anos separam a Cidade do Rock do Foro Romano, mas o porquê deles existirem não mudou em nada. E para que servem os eventos? 

Depois de muito pesquisarmos, conseguimos sintetizar a resposta dessa pergunta em 3 pontos:

1 – Conectar pessoas com interesses afins;

2 – Educar, inspirar, entreter e/ou fazer negócios; 

3 – Proporcionar experiências memoráveis e transformadoras.

Evolução dos eventos (parte II) – O mundo pós-pandêmico ou o “novo nada normal”

“O futuro chegou, só ainda não está uniformemente distribuído”, já dizia William Gibson, o fundador do gênero de ficção-científica cyberpunk. 

Em 2020, veio a Covid-19. Com ela, mais uma reviravolta no mundo dos eventos. Tendências que aceleram 20 anos em 2 as transformações do setor. 

A virtualização das experiências, a blockchain e criptomoedas, os NFTs e tokens digitais, os games e o metaverso. Mas o que levou essa mudança? E porque estamos falando dos últimos 20 anos?

As imagens abaixo ilustram muito bem as mudanças que estamos falando:

Nessa primeira, Tony Robbins um super estrategista, escritor e palestrante motivacional estadunidense, está em uma das suas lives, conhecidas por ser uma experiência imersiva incrível no meio digital.

E aqui, o nosso amado Emicida e seu show no Fortnite, já explorando o metaverso da melhor maneira possível.

Maneiras de entreter os usuários, mergulhando-os de cabeça em cada um desses eventos. Tudo isso com a ajuda das ferramentas e meios de comunicação que também foram evoluindo: internet, smartphones, redes sociais, creators & influencers e geração millennial (mais recentemente, os Zs e os alphas). 

Uma transformação que tem nome: experience economy (ou experiência da economia). 

Tecnologias que mudaram nosso comportamento e ampliaram as possibilidades de conexão da sociedade.

Outros exemplos de experiências imersivas digitais

É claro que as marcas já estão desbravando esse “mundo invertido” (obrigado, Stranger Things rs) e descobrindo um caminho lucrativo em alguns desses territórios. Vamos te mostrar alguns exemplos dessas ações virtuais:

Cervejaria Brahma no Cidade Alta

A Brahma lançou um bar virtual. Isso mesmo! Os amantes da Duplo Malte agora também podem aproveitar e se refrescar no metaverso. Hospedada no serviço Cidade Alta RP, a marca brasileira foi uma das primeiras a marcarem presença por lá. 

Festivais Bananada, No Ar Coquetel Molotov e DoSol criam NFT

Unindo forças, os festivais independentes Bananada, No Ar Coquetel Molotov e DoSol criaram, ainda no início da pandemia, o primeiro NFT de festivais do país, chamado ATROÁ, e que dá direito a um passe vitalício em todos esses eventos. Inovador, não?! Saiba mais sobre essa história clicando aqui.

Tomorrowland digital

Uma rave virtual, será que flopou? Que nada! Mais de 1 milhão de pessoas assistiram ao festival que contou com 60 artistas na programação. O investimento foi pesado. A produção utilizou tecnologia de ponta como design 3D, produção de vídeo, jogos e efeitos especiais. Deu tão certo que a produção do festival ainda produziu mais duas edições digitais do Tomorrowland.

Inclusive, falamos sobre esse evento aqui. 

Evolução dos eventos (parte III) – Uma janela de oportunidade para o futuro

Assim como a internet foi para os anos 90, o metaverso é para os tempos atuais. Tem gente que acredita, outras nem tanto. Isso porque tudo é mato ainda, precisamos entender para onde e como as grandes marcas estão indo/fazendo para que existam o efeito manada. 

Mas, segundo pesquisa do Ipsos, 67% dos brasileiros concordam que o metaverso irá impactar diversas áreas de suas vidas na próxima década, um otimismo maior se comparado ao resto do mundo.

Entretanto, muitas perguntas ainda ficam no ar sobre esse universo:

  • O que mudou com a pandemia e o que não volta atrás? 
  • Quais tendências vão impactar o futuro dos eventos nos próximos anos?
  • Onde estão os principais desafios e oportunidades dessa nova indústria?
  • Quais as competências do futuro profissional de eventos?
  • O que podemos aprender com quem já está com a mão na massa experimentando novos modelos de eventos?  
  • Quais os mitos e ciladas dos eventos híbridos? Quando fazer?

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