![]() ONDE ESTAMOS | Trancoso
PRÓXIMAS PARADAS | RJ e MG
ESTAMOS LENDO | User Experience Management, Arnie Lund (Carol) + Também os Brancos Sabem Dançar, Kalaf Epalanga (Franklin)
ESTAMOS FAZENDO | Contando os dias para o ØCLB Masterclass, contratando uma dupla criativa (designer + conteúdo), atendendo projetos de consultoria e prestando muita atenção onde dedicamos nosso tempo.
‘- Ingresso sobrando eu compro!’
Na ausência dos eventos presenciais, nunca imaginamos que sentiríamos falta do grito do cambista ao chegarmos num festival. Tampouco lembrávamos do FOMO, aquela sensação de perder algo incrível acontecendo do lado. E eis que surge esse tal de Clubhouse… De onde veio esse hype? Por que todo mundo quer entrar? Pega a visão na Cápsula.
Anunciamos a 2ª fase de professores confirmados no ØCLB Masterclass – O Futuro das Experiências.
Mais que um curso, a 1ª edição online da Masterclass será uma experiência de aprendizado e conexão com quem está liderando o futuro dos eventos e do entretenimento ao vivo.
Hoje é o último dia para garantir a sua inscrição com desconto 🤑
Também é o último dia para receber em sua casa o KIT ØCLB e participar do PITCH, a oportunidade de apresentar seu projeto para uma marca dos sonhos!
Originalmente, essa CÁPSULA seria sobre outro assunto.
Queríamos falar sobre intimidade e como vivemos um momento único, com uma oportunidade de ouro nas mãos, para ressignificarmos relações a partir de pequenos grupos, comunidades e negócios.
Quem nos chamou a atenção pela 1 vez sobre a beleza dos pequenos negócios foi o economista alemão Ernst Friedrich Schumacher, pupilo de Keynes e autor do livro Small Is Beautiful: A Study of Economics As If People Mattered (no Brasil, “O Negócio é Ser Pequeno”, da ed. Zahar).
Ao subtítulo do livro faltou uma importante tradução: um estudo da economia como se todas as pessoas importassem.
Schumacher inspirou-se na filosofia oriental, especialmente no budismo, para criar uma teoria econômica sustentável, baseada no respeito à natureza e em todos os seres vivos.
Com a pandemia e a necessidade crescente de nos conectarmos através da tecnologia, cada vez mais presenciamos exemplos reais de pequenos grupos causando um gigantesco impacto no mundo.
Essa é uma oportunidade ambígua.
Por um lado, vimos sua força em um dos principais episódios de ameaça à democracia, quando um pequeno grupo extremista organizou-se para invadir a Casa Branca, centro do poder político dos EUA em Washignton, no início do ano.
Por outro, foi também o que aconteceu quando um pequeno grupo de investidores se organizou no anônimo fórum Reddit para apostar “contra o mercado”, fazendo elevar artificialmente em mais de 1.000% o valor das ações da GameStop, uma tradicional cadeia de lojas de videogames nos EUA.
Em menos de uma semana, o mercado voltou a corrigir o valor real das ações da Gamestop.
Mas a lição ficou: bilhões de dólares foram perdidos e investidores quebraram naquilo que o Bloomberg noticiou (sagazmente) como “GameStop is Rage Against The Financial Machines“.
E o Clubhouse nisso tudo? Senta que lá vem história…
Um desses grupos de investimento que estava perdendo muito dinheiro com a super valorização das ações da GameStop foi a Andreessen Horowitz, investidora do aplicativo de investimentos Robinhood, que bloqueou a compra de ações da GameStop em meio à sua disparada.
O dono desse grupo, Marc Andreessen, é também investidor de muitas outras startups. Entre elas, as de seu parça Elon Musk.
Daí, para dar um ‘passa pano’ no movimento que revelou o Robinhood como um anti-herói dos investimentos (fazendo suas ações cairem 40%), Elon combinou de conversar com o presidente do app sobre “O caso GameStop” em uma nova rede social com o uso voltado exclusivo para a voz, essa tal de ClubHouse.
E, adivinha quem é um dos maiores investidores do ClubHouse? Acertou em cheio quem respondeu Marc Andreessen.
Bastou o tweet do Elon Musk para que algumas milhares de empresários, bilionários, investidores e empreendedores do setor de tecnologia (inicialmente) começassem uma frenética busca por convites para entrar na ClubHouse (que só funciona no Iphone e só entra quem tem convite).
Como era de esperar, o efeito manada chegou rapidamente no Brasil.
No último final de semana, influencers, celebridades, empreendedores e pessoas de todos os tipos correram para publicar no Instagram o seu ingresso de entrada no Clubhouse.
Felipe Neto, Thiago Nigro, Boninho e Anitta foram alguns dos estiveram por lá nesse fim de semana. E até ele, Mark Zuckerberg, entrou na festa.
Sim, o Elon Musk é talvez o maior influenciador digital hoje em dia (não é a primeira vez que ele impulsiona uma startup dessa forma nesse mesmo ano, veja o caso do Signal).
Mas vale lembrar que nada disso teria acontecido se não fosse um pequeno grupo de investidores anônimos que decidiu lutar contra o mercado para salvar uma nostálgica loja de videogames.
Que história, hein?
O pequeno continua a ser belo.
Mas e aquele subtítulo do livro?
Então…
:: OS PRÓS E CONTRAS DO CLUBHOUSE ::
Enquanto rede social, o ClubHouse é sem dúvida uma inovação funcional interessantíssima (adoramos esse artigo do Youpix com ótimas perspectivas).
Mas é igualmente polêmico e controverso.
Boa parte do seu hype se dá pela soma dos fatores: “só entra com convite” + “só quem tem Iphone pode entrar” + “quem chegou primeiro”.
Entre tantas comparações já recebidas, o Clubhouse nos lembrou o Burning Man. Um evento/comunidade com ótimas intenções, mas que reúne uma quantidade considerável de pessoas que estão mais preocupadas em ostentar privilégios do que conectar-se com seus valores originais.
O fato de ser uma rede social gratuita, mas só para quem tem Iphone, a torna essencialmente excludente. Especialmente no país onde o Iphone é mais caro no mundo.
No grupo do ØCLB comunidade, essa discussão gerou ótimos argumentos, entre eles o de quem defende que o app ainda está em versão Beta e de que muitos outros desenvolvedores de apps decidem lançá-los primeiro no IOS por questões de segurança, simplicidade e privacidade.
Mas um dos sócios-fundadores do ClubHouse, o cientista de computação Rohan Seth, veio justamente do Google. E o app foi lançado em março do ano passado. É quase um ano.
Por aqui, acreditamos, sim, que o ClubHouse tem o potencial de ser uma revolução para as redes sociais, especialmente no que diz respeito a formação de bolhas e comunidades (“um Orkut com voz”, “um SXSW do áudio”, “a nova fronteira dos podcasters”…).
Mas ele ainda tem também questões sérias para corrigir, como a falta de uma moderação clara e a impossibilidade de monitorar discursos radicais extremistas. O The Marketing Hub lançou outras provocações boas pra pensar…
Como esse papo rende… que tal trocar uma ideia por lá pra continuarmos esse assunto com um bom drink?
Se você já tá por lá, adiciona o evento aqui (sexta-feira, 12/02, as 19:00).
Ps: nem deu tempo de falar em Carnaval, né? A Cápsula ainda está em fase de reformulação. Podemos demorar um pouco para enviar próxima. Mas pode deixar que voltamos por aqui antes que o Clubhouse abra para o Android. A Cápsula é lida por mais de 7.000 pessoas. Se vc curte, nos apoie indicando-a para amigues se inscreverem também? WTF IS ØCLB?
Somos curadores de experiências. Nossa matéria prima são viagens, festivais e eventos ao redor do mundo que inspiram criatividade e inovação. Há três anos viramos nômades. Não temos casa ou escritório fixo e nossa agenda é desenhada pelos locais onde as ideias nascem e projetos que somos convidados para colaborar. Também levamos nossos conteúdos até você com nossos cursos, palestras e consultorias.
|