Surreal.

Essa é a palavra que resume todo o sentimento sobre o espírito do tempo atual.

No dia 11 de março (bem no meio da nossa Masterclass), completamos 1 ano de pandemia.

Na última semana, passamos da casa dos 250 mil mortos.

No último mês, mantivemos a maior taxa de mortos por dia, atingindo o pico de mortes na última quinta-feira (1.582 casos), justamente no período em que estamos praticando o pior índice de isolamento da pandemia.  

Seriam os efeitos da Hiper Normalização (esse documentário pesadíssimo de 2016), ou a Hiper Individualização, esse hedonismo irresponsável de quem produz e/ou frequenta aglomerações clandestinas?

Nem no pior dos cenários poderíamos imaginar que, depois de um ano, estaríamos numa situação ainda mais crítica que os primeiros meses da pandemia.

A grande maioria dos festivais de verão dos EUA e Europa foram cancelados, adiados para 2022 ou buscam reinventar-se em versões digitais. 

O SXSW, primeiro grande festival cancelado pós-Covid, realiza sua 1ª edição 100% online entre os dias 16 e 20/03. 

No Brasil, já rolou a notícia que o Lollapalooza deve ser adiado para o ano que vem. O Rock in Rio, que acontece uma semana depois, também está na corda bamba.

Um dos conceitos importantes na Antropologia é o dos ritos de passagem.

Sabemos bem o quão importante é o carnaval, que na prática, inicia o ano do brasileiro.

Esse foi o primeiro ano da nossa existência sem o Carnaval. Por isso, a impressão que 2020 não acabou. Porque esse feriado é bem mais que o evento mais popular do Brasil. O Carnaval é um rito de passagem, um marco temporal que qualitativamente nos prepara para o ano que “começa”. 

Ou seja, acredite se quiser, mas 2020 só acaba mesmo quando voltarmos a pular Carnaval. 

E até lá? 

A gente vai descobrir no ØCLB Masterclass: O Futuro das Experiências.

Nossa Masterclass será o evento mais próximo de um festival que já produzimos.

A própria forma como o desenhamos dá algumas pistas do que será o futuro das experiências e do entretenimento ao vivo.

Primeiro, ao invés de um dia inteiro (como era a edição presencial), desenhamos uma jornada de experiências dividida em 2 opções:

. Somente a Masterclass (09 a 12/03, inscrições abertas)

. Maratona + Masterclass (01 a 12/03, esgotado) 

Planejar experiências no online nos permite ressignificarmos a relação com o tempo.

Por exemplo, criamos a Maratona para quem busca ir além do conteúdo do curso. A palavra-chave aqui é conexão.

Quem faz parte da Maratona, tem acesso a um grupo de Telegram, recebeu kits em casa (para nos sentirmos mais próximos) e ainda vai poder apresentar seu projeto para uma marca dos sonhos no Pitch ØCLB.

A Maratona é uma forma de conexão mais próxima entre nós e a turma. Uma experiência importante de acolhimento em um momento em que nossas vidas é mediada por telas. 

Uma das atividades planejadas para essa sexta, por exemplo, será uma sessão de pipocas para analisarmos juntos um estudo de caso assistindo uma série no Netflix! 😉

Planejar experiências online é considerar também que todo mundo hoje já passa a maior parte do dia com os olhos grudados em uma tela.

Por isso, a Masterclass terá 3 horas x dia de conteúdo. Esse conteúdos possuem duração proporcional ao número de convidados. Vai ter intervalo, momentos de descanso e algumas surpresas pra manter o engajamento da galera em cima… (#NoSpoilers).

Por fim, a curadoria.

Conseguimos montar uma grade diversa (a maioria são mulheres), com pessoas pretas, pretos e pretes, embora a gente saiba que falta um bocando para chegar onde gostaríamos (não incluímos PCDs nessa edição, não conseguimos ainda fazer esse curso para pessoas com deficiência visual ou auditiva). 

Fato: não existe pensar o futuro das experiências sem considerar a diversidade, inclusão e acessibilidade.

O 1º dia vai ser dedicado ao um olhar para o passado e presente.

– Vamos conversar sobre o que aconteceu nesse um ano de pandemia com o André Carvalhal, da mudança do papel da influência e o botão de compra do Instagram à explosão do TikTok, novos comportamentos e hábitos caseiros, dos apps de meditação passando pelo ClubHouse.

– Depois, Carol e eu vamos apontar alguns caminhos sobre o futuro dos eventos: videos volumétricos, realidades estendidas, metaversos, eventos híbridos etc,

– Pra fechar o dia, o Bernardo Mendes, Chief Gaming Officer da agência Druid, especializada em games, vai nos mostrar algumas possibilidades sobre criação de experiências em games. 

O 2º dia será dedicado a novos modelos de negócios e o papel das experiências de marcas em um mundo pós-pandêmico.

– Começamos com uma conversa com as representantes internacionais do SXSW e do Tomorrowland no Brasil, Tracy Mann e Andrea Galasso (respectivamente)

– Finalizamos esse dia com a maior e mais longa mesa do curso, com a Fernanda Paiva (head de cultural branding Natura), Guilherme Bailão (head de brand experience da Heineken), Juliana Balassin (head da categoria whisky da Diageo) e Luciano Luccas (head de parcerias LATAM Coca-cola).

No 3º dia vamos mergulhar no streaming, e nas novas narrativas digitais de quem leva diversão a sério.

– Começamos com uma conversa entre Ana Garcia (criadora do festival Coquetel Molotov) e Luize Tavares (criadora do Perifacon)

– Seguimos para um aulão sobre Live Commerce (presta atenção nesse tema), com um estudo de caso ao vivo de negócios + entretenimento ao vivo que surgiu da parceria entre a Magalu (Gerente Sr. de Marca e Redes Sociais Pedro Alvim) e Multishow (Head de música Juliana Costantini) com o Show das Black, evento realizado por ambos durante a Black Friday. 

– E ainda teremos uma aula inédita com o Estevão Paiva,Gerente de Produção de Conteúdo para Marcas na Globo, sobre as ativações de marcas no BBB 2021!

Para fechar, no último dia, colocamos em foco três assuntos urgentes e imediatos para criadores de experiências de todos os tipos:

– Uma aula sobre o futuro das experiências imersivas com o artista visual e fundador do festival Multiplicidade Batman Zavareze e a designer de experiências Liana Brazil, da Super Uber (que fez nada menos que o show da Beyoncé na ONU, tá?)

– Uma masterclass, a única em inglês (com tradução sinultânea) com a Claire O’Neill, fundadora da mais importante ONG do mundo sobre sustentabilidade em eventos, festivais e casas de shows, A Greener Festival.

– Um papo reto com a Adriana Barbosa (autora, CEO do PretaHub e fundadora do festival Feira Preta) e Raquel Virgínia (As Baías), que acabou de criar uma agência especializada em narrativas de pessoas negres e trans (Nhaí). 

– E ainda tem o Happy Hour………

Ufa!!

Entendeu porque estamos meio devagar com a Cápsula?

Mas gente: e o futuro das experiências?

“O futuro chegou, só não está uniformemente distribuído”, já dizia o pai do Cyberpunk (o gênero, não o game), William Gibson.

Conecte os pontos de tudo que explicamos aí em cima… aposto que você vai ter bons insights para as suas próximas experiências. E também pro resto do ano. 

Até já!

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WTF IS ØCLB?

Somos curadores de experiências. Nossa matéria prima são viagens, festivais e eventos ao redor do mundo que inspiram criatividade e inovação. Há três anos viramos nômades. Não temos casa ou escritório fixo e nossa agenda é desenhada pelos locais onde as ideias nascem e projetos que somos convidados para colaborar. Também levamos nossos conteúdos até você com nossos cursos, palestras e consultorias.