O Festival LED é aquele tipo de evento que deixa claro uma coisa: não existe inovação sem educação.
E também dá pra dizer o inverso: a educação é, por si só, um campo de inovação diária.
Como bem colocado pelo carnavalesco João Vitor Araújo em uma das conversas: “em um país como o Brasil, ser criativo e inovador é questão de sobrevivência”.
O festival cresceu de um jeito bonito. Este ano, a Praça Mauá inteira e seus museus voltaram como casa do Festival LED no Rio e suas 150 horas de conteúdo.
Na praça em si, estandes do Sebrae e da Fundação Bradesco, além de palcos como o LED Comunidade e o LEDINHO (com programação infantil) movimentavam até quem só estava de passagem por ali.
No Museu do Amanhã, os palcos principais ocuparam as salas e, no hall, a Cápsula do Tempo dos 100 anos da Globo convidava o público a deixar desejos pro futuro.
Já no Museu de Arte do Rio, oficinas mais profundas e shows pra fechar o dia com música boa. E destaque pro show do Jota.pê, que fez um dos nossos discos favoritos do ano passado. Fica a dica!
Inovação que nasce da educação (e vice-versa)
Pra quem ainda acha que educação é só sala de aula, o Festival LED é um lembrete de que o campo é muito mais amplo.
Entre as palestras, subiram ao palco projetos incríveis do Brasil todo e que foram finalistas do Prêmio LED. Foi numa dessas que vimos o projeto Amigos do Lou, por exemplo, que criou uma paleta de cores baseada em aromas de frutas pra ensinar cores a pessoas com deficiência visual.
Teve o Desafio LED, premiando soluções de impacto social feitas por estudantes.
E teve também os projetos dos Jovens Transformadores da Ashoka – e fica aqui nosso abraço especial pra um deles, o Cauê, que é seguidor do oclb e pediu um shoutout pra essa galera aqui… mas a gente já daria de qualquer forma, rs.
No palco do Festival LED, momentos memoráveis
Onde mais ver as escritoras Chimamanda Ngozi Adichie e Conceição Evaristo lendo textos uma da outra?
O Festival LED tem uma coisa especial: os encontros ou experiências que a gente não imaginava ver, mas que viram os grandes momentos do evento.
E ficamos sem palavras quando a Banda do Professor, um grupo com crianças do Maranhão que viralizou nas redes, subiu ao palco e deu aula de carisma (superando muito artista adulto, diga-se de passagem).
Ou ainda quando o comediante Paulo Vieira emocionou um auditório inteiro falando da própria trajetória com a educação. Foi mais gente chorando do que rindo.
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Somos suspeitos pra falar, claro. Nós colaboramos com o Festival LED desde sua primeira edição, atuando desde a curadoria até a experiência de público, passando pela criação de roteiros e produção de conteúdo.
Mas o que realmente pega é ouvir nos corredores o quanto o festival tem feito diferença pra quem participa.
Ele não se consolidou como o maior evento gratuito de educação no Brasil à toa.
Vida longa ao Festival LED.
E que a gente continue falando de educação como ela realmente é: um dos maiores campos de inovação que existem.