Rio Innovation Week: um festival de inovação para todo mundo

Rio Innovation Week 2025
Crédito: Agência Enquadrar/Divulgação

Mais do que o nome (até porque o São Paulo Innovation Week tb foi anunciado!), o Rio Innovation Week consegue englobar a mistura que só essa cidade tem.

Ele se posiciona num lugar que nenhum outro evento de inovação brasileiro ocupa: é, ao mesmo tempo, um pouco de tudo para todo mundo.

Em que outro evento você veria juntos militares da Marinha, estudantes de escolas públicas, indígenas, empreendedores, políticos, startups, expositores de mel e café especial, gamers convivendo no mesmo ambiente?

É o Rio em sua forma mais autêntica. Um caldeirão de pessoas, referências, conteúdos e experiências.

Programação maximal

Seguindo a lógica dos megaeventos da cidade, no Rio “mais é mais”.

Cerca de 200 mil pessoas circularam entre 40 palcos durante 4 dias de programação na edição de 2025. 

A diversidade também estava nos nomes e palestras. Em uma mesma sequência do palco principal, a plateia gargalhou com as histórias das escritoras Socorro Acioli e Carla Madeira, e logo depois ficou em silêncio para registrar os gráficos de Ian Beacraft e Michelle Schneider sobre como as empresas devem se adaptar ao crescimento da IA.

Pra além do conteúdo, as experiências estiveram no holofote. Destaque para as artísticas e tecnológicas, como a imersiva Dragon O², e para as de marca, que ocuparam a alameda em frente à Baía de Guanabara e os galpões.

Mas só uma experiência pode ser considerada surreal: o NAM Atlântico, maior navio de guerra em atividade na América Latina, abrigou tanto tanques e tecnologias militares quanto ações de cultura maker, shows e até um campeonato estadual de Counter-Strike.

O insight que fica

O Rio Innovation Week sintetiza algo raro: a convivência de diferentes públicos, linguagens e mundos que normalmente não se encontram em eventos de inovação. 

Trata-se de um evento de números superlativos, mas que também consegue ser ao mesmo tempo B2B e B2C, além do mais importante: representar dentro e fora dos palcos um extrato da nossa sociedade. 

Saímos do RIW mais cientes da real importância dos eventos presenciais como um dos únicos lugares de convivência social hoje em dia, onde ainda podemos nos permitir estourar as nossas bolhas e a enxergar o Brasil não pelo que os algoritmos nos sugerem, mas pelo que ele é: um país plural, complexo e culturalmente riquíssimo.

Que bom que existem festivais como esse para nos ajudar a lembrar que criatividade e inovação nascem justamente dessa mistura.