5 soluções de design de experiência no South Summit 2025

5 aprendizados de design de experiência no South Summit Brazil 2025
Crédito: Divulgação / South Summit Brazil

Voltamos do South Summit Brazil 2025 com o bloco de notas cheio, mas com anotações que vão muito além dos conteúdos que vimos nas salas. 

Na nossa terceira ida ao evento, o que mais chamou atenção foi o upgrade no design de experiência da conferência. 

A evolução não estava só no line-up ou nas ativações de marcas (que, aliás, compartilhamos por lá no Instagram).

Foram os detalhes e as decisões que podem até parecer pequenas, mas que juntas criaram uma jornada fluida e menos estressante para quem participou.

Tudo isso num contexto complexo: essa foi a primeira edição após a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul do ano passado. Não à toa, o tema do ano foi “Beyond Resilience”. Só que mais do que uma provocação, virou prática.

Veja algumas dessas soluções de design de experiência e já anote como referência para pensar no seu próximo evento:

1. A fila não precisa ser um problema

O credenciamento costuma ser o primeiro atrito da maioria dos eventos, mas o South Summit conseguiu burlar esse ponto crítico.

Eram mais de 30 cabines de credenciamento, staff bem treinado e sinalização clara para não causar estresse. Mesmo na manhã do primeiro dia, com o movimento mais intenso, tudo fluiu muito bem.

A experiência começava antes mesmo do evento. Havia pontos de credenciamento espalhados pela cidade e até no aeroporto (que, aliás, estava todo envelopado pro evento).

5 aprendizados de design de experiência no South Summit Brazil 2025. Aeroporto de Porto Alegre,
Crédito: oclb

Outro detalhe que ajuda a contar a história: o primeiro motorista de Uber que pegamos já mandou um pitch da cidade: “Porto Alegre é uma cidade muito empreendedora. Vale conhecer as incubadoras também”. Não parece ter sido algo intencional, mas isso nos lembrou que uma parceria com serviços de aplicativo podem representar ótimas oportunidades para envolver ainda mais a cidade com um grande evento. 

2. Comunicação visual também é experiência

Uma ideia simples resolveu um clássico dos eventos: a indecisão e o caos nas praças de alimentação.

Totens próximos aos locais de alimentação indicavam o nome dos restaurantes, o tipo de comida e, o ponto alto, o que estava sendo servido em outras áreas do evento.

5 aprendizados de design de experiência no South Summit Brazil 2025
Crédito: oclb

Ou seja, o participante conseguia decidir sem precisar andar o evento inteiro. Um bom exemplo de como uma pequena informação pode melhorar a experiência como um todo. E não precisa ser tecnológico, viu?

3. Sustentabilidade como prática, não discurso

Ao retirar a credencial, cada participante recebeu uma garrafa metálica reutilizável para ser sua companheira pelos próximos dias. Nos restaurantes, apenas os copos de papel ou latas de metal circulavam.

Nada de plástico nesta edição do South Summit. Eram proibidos pelos seguranças na entrada. 

A hidratação também estava resolvida: haviam bebedouros com água gelada em todos os armazéns, além de copos de papel disponíveis pra quem esquecesse a própria garrafa.

Bebedouros no South Summit Brazil 2025
Crédito: oclb

No ano em que o tema era a sustentabilidade para “além da resiliência”, esse tipo de coerência importa.

4. O app que todo evento gostaria de ter

É mais frequente do que deveria participarmos de eventos de tecnologia com apps que deixam a desejar. Mas o do South Summit foi um destaque à parte.

Layout intuitivo, transmissão ao vivo integrada, timer mostrando o tempo restante de cada painel, tradução em tempo real com pouquíssimo delay (pra inglês e português)….

Uma aula de UX. 

Mostramos um pouco nos Stories, veja aqui.

5. Espaços que convidam à circulação (e à conexão)

Entre um armazém e outro, era inevitável circular à beira do Rio Guaíba. Era fácil esbarrar com alguém, parar pra uma conversa rápida ou só observar o movimento com um café na mão.

As conexões também ganharam o rio: barcos no Guaíba mais uma vez foram destaque no com experiências como o happy hour no barco do Banco BV ou a programação para lideranças femininas promovida pela Renner (este aqui embaixo).

5 aprendizados de design de experiência no South Summit Brazil 2025
Crédito: oclb

Sem falar na programação noturna, que também fazia parte da experiência: festas e eventos paralelos que seguiam com o networking até mais tarde.

Sabemos bem que nem todo evento consegue envelopar um aeroporto ou oferecer bebedouros tecnológicos e garrafinhas para os participantes.

Mas toda produção pode repensar os pontos de atrito com mais atenção e carinho.

Não é que esta edição do South Summit Brazil tenha reinventado a roda, mas resolveu bem aquilo que muita produção costuma ignorar.

No fim das contas, são esses detalhes que elevam a régua do design de experiência.