O Web Summit Rio 2025 trouxe novas experiências de marca que chamaram atenção na sua terceira edição e a gente está(va) lá mais uma vez.
Acompanhando a evolução desde 2019 das edições em Lisboa – e todas as cariocas – dá pra perceber com mais nitidez quando algo muda.
E mudou.
Diante de tantas transformações no mundo, não tinha como o evento seguir exatamente igual.
Se por um lado as ativações pareciam mais esparsas nos pavilhões, por outro, algumas tendências saltaram aos olhos.
Descubra os destaques da experiência de marca no Web Summit Rio 2025.
A dominação laranja
Esquece o Mocha Mousse. A cor Pantone do ano nos estandes veio em outro tom.
No Pavilhão 3, parecia que as marcas combinaram no backstage: Itaú, Senac, Natura, Black Spot AI… todas apostaram no laranja como cor de destaque.

Mais curioso ainda foi ver o laranja chegando até em marcas que normalmente não têm essa paleta, como Lojas Renner S.A. e Claro.
Coincidência? Talvez. Mas também pode ser sinal de que, no meio do minimalismo tech, tem espaço (e desejo) pra mais calor.
Olhe para cima

Pra chamar atenção num pavilhão lotado de concorrentes e estímulos visuais, saíram na frente as marcas que apostaram em letreiros aéreos e estruturas iluminadas na medida certa.
Foi o que fizeram a Prefeitura do Rio, Itaú, Apex Brasil, Banco do Brasil, J.P. Morgan e Vibra.
Num galpão cheio, ganha quem capta o olhar no horizonte.
Quem ficou no chão ou pouco iluminado, acabou em segundo plano.
Away From Stage
Desde 2023, a gente comenta por aqui: as palestras mais interessantes do Web Summit Rio muitas vezes acontecem fora dos palcos principais.
Ano passado, os destaques foram os conteúdos mais aprofundados nos estandes de marcas. Este ano, isso ganhou escala.
O próprio evento assumiu esse movimento: criou a tag “away from stage” e uma aba no app oficial dedicada à programação paralela.
Itaú, BV, Claro, Embratur, Senac, Vibra, OKX e Reclame Aqui são apenas algumas das marcas que apostaram no formato.
E o verdadeiro hit desse movimento todo foram esses fones de ouvido, que substituíram os tradicionais rádios criando uma experiência mais imersiva (e sem ruído).

Esses espaços viraram pontos de encontro para ouvir cases das marcas, trocar ideias e emendar num café ou networking informal.
Uma prova de que pensar conteúdo além da agenda oficial já virou parte do jogo.
Destaque para quem pensou em experiências de marca fora da caixa
Já estabelecemos que conteúdo importa. Mas em meio a tantos estandes seguindo fórmulas parecidas, quem propôs experiências inusitadas se destacou.
A Petrobras levou o público a uma missão submarina imersiva, e ainda apresentou jogos e criou uma área de relaxamento com “a maior playlist de música brasileira”.
O Itaú acertou com sua loja “etiqueta laranja”: roupas na paleta da marca, sem logo, só com uma tag discreta promovendo um lifestyle mais aspiracional.

A Fórmula 1 apareceu em alguns estandes, mas a BRB inovou ao criar um pit(ch) stop para quem quisesse apresentar sua ideia para investidores.

Teve quem pensou ainda mais fora da caixa, como a viral Loja da Inconveniência da Vibra ou o Papai Noel que a Finlândia trouxe para o seu estande.
Quando o design também fala nas experiências de marca
Não foi só no conteúdo ou nas ativações que as marcas se destacaram, o design dos estandes também comunicava.
Apex e Sebrae Startups seguiram com o conceito de colmeia que já tinham levado a Lisboa. Mesmo sem uma ligação formal, os estandes dialogavam lado a lado, como se formassem um ecossistema.
A Petrobras apostou em zonas bem definidas (conteúdo, imersão, reunião, relaxamento) num espaço amplo, aberto e intuitivo. Curtimos bastante essa proposta de layout.

O Banco do Brasil trouxe o “puro suco do Brasil”, conseguindo reinventar sua tradicional árvore e ativar diferentes produtos e iniciativas de forma maximalista, mas sem ficar confuso.
Já Itaú e Swisstech, por exemplo, trouxeram elegância no visual e funcionalidade no uso. Design mais clean, com arquibancadas para impulsionar a troca e nada de excessos.

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Inspirados na coluna da Folha do advogado Ronaldo Lemos, um dos palestrantes deste ano, aqui vai o nosso pós-evento:
Já era: Iluminação forte que incomoda mais do que convida e estandes muito fechados.
Já é: Estandes abertos, letreiros aéreos e experiências que dão vontade de contar pra alguém depois.
Já vem: Estruturas poli-experiências, com espaços inteligentes que usam da tecnologia e design para proporcionar jornadas imersivas dentro da metragem dos estandes.